razão pra (r)existir
eu sinto pena e ódio das pessoas.
pena por ver nos seus olhos uma tristeza, uma fragilidade e esperança de que o amanhã seja bom, ou pelo menos melhor do que hoje... as vejo com seus sonhos, suas tentativas de ganhar dinheiro para sustento próprio... elas caminham assim, sonhadoras e tristes.
ódio eu sinto porque algumas não se importam com ninguém além delas próprias, outras até se sentem bem em menosprezar os outros, o negócio é tentar se provar superior -e sempre-, nunca se rebaixar aos malditos restos de colonização, ou quem ousa assumir que entende que faz parte dessa podridão chamada civilização e seguir como se o "mundo" chamado umbigo fosse perfeito e soberano. meu ódio é o sentimento mais intenso que passa por mim, eu o sinto em sua potência máxima, eu sou uma bomba que implode e destroça todos os órgãos e boas lembranças. vontade de matar é pouco, esse sentimento é uma coisa que eu realmente não entendo, acho que é só uma fome grande ou força que não sei (ainda?) controlar. a pena está comigo antes do ódio, eu acho. a pena massacra meu peito, eu sinto no miocárdio, ela me drena e me faz pensar em como nós somos errados em existir. não existe um sentido, eu só existo porque me trouxeram e não perguntaram se eu estava a fim, talvez por isso eu tenho tanto ódio.
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